Melancolia
Saio e entro na noite
sem lanternas nos olhos
nem medo a fingir coragem
triste apenas de estar sozinha
comigo,
de mãos dadas comigo,
estas árvores do passeio
( são verdadeiras estas árvores )
fazem-me sonhar poesia
de rouxinóis cantando,
ou romanos vermelhos
de amantes perseguidos,
pobres amantes clandestinos.
O Inverno começa a ser real
a semear melancolia nos caminhos,
o vento abandona-se ( quem diria! )
ás folhas sonâmbulas
sem pudor das estrelas que vigiam
os devaneios da noite lá em cima.
Reabro a porta da minha solidão
e entre, mas só.
A noite deixo-a aos amantes
e aos mendigos, aos felizes afinal.
Ah! Este silêncio!
Já me doem os sentidos.
1 Comentários:
Muito bem.... parabéns!
Abraço,
Francisco Luís!
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