sábado, 20 de fevereiro de 2010

Melancolia



Saio e entro na noite




sem lanternas nos olhos



nem medo a fingir coragem



triste apenas de estar sozinha



comigo,



de mãos dadas comigo,



estas árvores do passeio



( são verdadeiras estas árvores )



fazem-me sonhar poesia



de rouxinóis cantando,



ou romanos vermelhos



de amantes perseguidos,



pobres amantes clandestinos.







O Inverno começa a ser real



a semear melancolia nos caminhos,



o vento abandona-se ( quem diria! )



ás folhas sonâmbulas



sem pudor das estrelas que vigiam



os devaneios da noite lá em cima.







Reabro a porta da minha solidão



e entre, mas só.



A noite deixo-a aos amantes



e aos mendigos, aos felizes afinal.







Ah! Este silêncio!



Já me doem os sentidos.

1 Comentários:

Às 21 de fevereiro de 2010 às 20:30 , Anonymous Anónimo disse...

Muito bem.... parabéns!
Abraço,
Francisco Luís!

 

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial