quarta-feira, 27 de maio de 2009

+++Que saudade+++


Doce ilusão és tu, saudade amiga
Que faz lembrar um bem que já passou;
Faz reviver ternura tão antiga,
Faz recordar quem foi e não voltou.
És muita má, querendo repassar
Todas as dores; quem veio e quem deixou
Em nossa vida um rastro a demonstrar
Que o riso veio, brilhou e se apagou.
Mas não pranteies, não chores, oh saudade.
Não te consumas, pois és a companheira
Da alma triste, cheia de bondade;
Da pomba nobre, livre e altaneira.
Pois quem na vida não viveu momentos
De amor, ventura ou de felicidade,
Jamais terá um sonho entre tormentos,
Jamais sentiu, nem sentirá saudade.

terça-feira, 19 de maio de 2009

+++ vida e morte+++



Corre nas veias,
No brilho de um olhar,
Apenas no som de um respirar
Deslumbra num simples passo...
Num simples conjunto de passos,
Que formam o caminhar...
Num toque,
Num gesto,
Num movimento...
Num batimento ritmado,
De um coração que manifesta sua existência
Tudo isso desapercebidamente
Se passa quando ela existe...
E também não se faz atentar
Mas quando se vai
Tudo fica inanimado
Não há mais o que se vislumbrar
O brilho se vai,
A alegria, o amor, a esperança...
Ficam apenas memórias
Ficam apenas lembranças
Entre a vida e a morte...

Vivo escrevo e sonho!!

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Encontro a beleza
num dourado
filão de sonhos
Cravada nas pérolas
de um enredo poético
Tecendo fios de vida
e de amor entrelaçados

Ora,
a enaltecer
a santa Arte da escrita.

Ora, a esquecer
a dor, a insônia e a sorte.

No mesmo veio
onde há tristeza,
brilha a ternura.
E a mesma luz
que me leva
ao altruísmo
Mostra-me que
o uso da paciência
e do perdão
Cria maiores vínculos
com a preciosidade
Da teoria
que me arrebata
para esse poema.

Então vivo,
Escrevo
E sonho...

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sábado, 9 de maio de 2009

o teu silençio



Quero ser o teu silêncio
na quietude da tua mágoa
quero abraçar essa dor
que é tua,
do teu silêncio
e agora minha
porque eu
quero ser o teu silêncio
deixa-me chorar contigo
deixa que todo o tempo
se consuma no tempo
e que toda a mágoa
se transforme em luz
e eu
serei o teu silêncio
que fica para além das palavras
quando as palavras
se gastaram
se perpetuaram
na memória
que fica
que resta
quando a flor
ao entardecer
solta uma lágrima
que ninguém vê
e a terra ampara...